Estudos mostram que durante a pandemia houve um significativo aumento de downloads de apps, contudo, não foram somente os downloads que aumentaram, as desinstalações também. Segundo pesquisa da AppsFlyer (empresa de análises de marketing de aplicativos) os aplicativos móveis tiveram uma taxa média de desinstalação de 53% em 2020, 70% mais do que no ano anterior. Resumindo, a probabilidade do seu aplicativo ser baixado e usado com o intuito e grau de utilização idealizado, e depois de 30 dias deletado, é extremamente elevada.
Tais dados são relevantes para analisarmos a viabilidade do desenvolvimento de um app. Para saber se um aplicativo faz sentido, precisa- se refletir sobre alguns pontos, como a proposta de valor, a experiência proporcionada aos usuários e os canais pelos quais seu serviço pode ser entregue.
Ao pensar na proposta de valor, a reflexão gira em torno dos diferenciais da empresa frente a concorrência. É primordial analisar o que eles oferecem, além de refletir em como superá-los. Nesse sentido, o app precisa fornecer uma experiência otimizada, que realmente mostre conhecimento e ajude a criar vínculos com o público-alvo.
Em relação aos canais, se o produto/serviço que está sendo ofertado no aplicativo, pode ser adquirido em um site, porque o cliente usaria de um app? A utilização do aplicativo tem de fazer sentido, facilitar o dia a dia do usuário, beneficiá-lo de alguma forma. Se o seu site não é mobile first, se a experiência desktop não é intuitiva, se não estabelece engajamento com os clientes, é pouco provável que estes sintam necessidade de baixar o aplicativo. A experiência que oferece aos clientes deve ser transversal em todos os canais, estabelecendo na mente do consumidor uma qualidade aliada à navegação intercanal.
Portanto, considere postergar, um pouco, o lançamento do aplicativo da sua empresa, caso não tenha claro os aspectos abordados, para que seu investimento não seja nulo.